Como fazer o desenho parecer “vivo”?

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Uma coisa que me instigou a aprender a técnica do Desenho Realista quando o vi pela primeira vez em 2008 é como o desenho parecia vivo!

Acredito que você também teve essa sensação ao se deparar com desenhos tão realistas que impressionam.

Hoje, 10 anos depois, já com um certo domínio na técnica, ainda estou aprendendo. Nunca deixamos de aprender e evoluir em nosso trabalho.

Mas isso ainda me instiga, os desenhos que parecem vivos!

Qual o segredo por trás disso?

A primeira coisa que nos perguntamos ao depararmos com desenhos que parecem reais, é:

Como fazer algo assim?

A resposta é simples: compreender a técnica, conhecer os materiais e desenvolver a percepção para “ver” a imagem de referência. “Sentir” os materiais, tornando-os, assim, uma extensão de nós mesmos.

Parece simples e óbvio demais, mas não é bem assim. 

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Uma coisa é saber do caminho, outra coisa é percorrê-lo.

Será que eu consigo?

Essa, normalmente, é a segunda questão que vem à cabeça.  Isto é, quando vem, pois muitos nem chegam a cogitar essa possibilidade.

Afirmam a si mesmos que aquilo não é pra si, que é apenas para quem tem dom. Essa convicção é fruto de crenças populares e falta de conhecimento de si e de suas capacidades. Assim como aprender a dirigir, a ler e a escrever, aprender a tocar um instrumento, ou qualquer outra atividade, é possível também aprender a desenhar.

No final, tudo não passa de um conjunto complexo de instruções que o cérebro assimila e reproduz.

 

Duas coisas são determinantes para o sucesso em qualquer coisa que se vá aprender:

  1. A primeira é o quanto se gosta daquilo. Pra mim, é isso que caracteriza o “dom”, que vai além de uma facilidade com algo. Na verdade é o gostar que abre caminhos para a compreensão e para a facilidade em lidar com aquilo.
  2. O segundo fator, e não menos importante, é o quanto se dedica.

Em muitos casos, uma habilidade e facilidade nata pode ser prejudicial, quando a pessoa se escora nisso e não se dedica o suficiente, deixando de se aprimorar. Enquanto aquele que não possui tanta facilidade, com muita dedicação, pode superá-lo.

Coragem para percorrer o caminho

Diante disto, já se tem uma ideia, um esboço do que precisa ser feito. Ou, pelo menos, uma ideia geral sobre o que o espera no processo de aprendizado da técnica realista.

Restam as seguintes questões:

  • Você gosta o suficiente para se dedicar e ir fundo nisso?
  • Está disposto a praticar, praticar e praticar, muito?

Pois bem, se sua resposta for sim, saiba que terá à frente um longo caminho. Mas você verá que o mais importante e gratificante que o final é o percurso.

No processo, sentirá os materiais e como interagem com o papel. Provará que sua mão é capaz de fazer com materiais simples como lápis e papel. Sentirá a magia de ir transformando manchas e traços em algo que vai ganhando vida!

 

Posso concluir, baseado em minha experiência no desenho realista, após dominar a técnica e desenvolver a percepção, o que faz o desenho parecer “vivo” não é uma técnica específica. Não existe receita, afinal cada imagem é única, cada desenho é um desafio diferente.

O que importa é mergulhar em uma pequena parte de cada vez da imagem, vendo cada detalhe e tentando “sentir” cada manchinha, carocinho, cada ponto escuro, cada pequeno degradê, cada traço, fio, espessura, tom, suavidade. Tentar imaginar aquilo como real, reproduzindo cada pequeno detalhe o mais fielmente possível, sem um mínimo de pressa.

Mergulhar mesmo, curtir cada parte, tanto o observar com atenção, quanto o reproduzir com fidelidade. O que vai mandar, no final, é o quão zeloso, atencioso e paciente se foi no processo do desenho.

 

E você? Acha que deve-se copiar ou criar desenhos realistas? Confira aqui a resposta!

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