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Muitos desenhistas, em certo ponto da vida, começam a pensar em qual nível de evolução técnica eles se encontram. Como está o seu aprendizado no desenho.
Temos desenhistas amadores que desenham apenas pelo prazer de desenhar. Não se importam necessariamente em atingir algum objetivo profissional na arte. Apenas curtem a sensação proporcionada pela atividade.
Outros, começam a estudar mais sobre esse ramo da arte visando um caminho com destaque. Os que estudam por mais tempo e se dedicam diariamente podem chegar ao nível profissional, almejando até ter uma renda oriunda do desenho.
Porém, alguns querem chegar ao último estágio em um passo muito curto, com pouco trabalho e estudo.
Começam a pegar encomendas, a gravar vídeos explicativos, a dar conselhos.
Você sabe reconhecer seu nível?
- Mas, você está preparado?
- Você sabe reconhecer o seu nível de aprendizado, com humildade e sabedoria?
- A quem você se compara para se auto denominar?
Temos nomes importantes dentro do realismo com grafite que nos inspiram. Mas há um modo mais eficiente e seguro de saber se você está atingindo níveis adequados do seu desenho: comparando!
Se estamos fazendo um desenho realista, necessariamente, temos alguma referência a seguir.
Aqui usarei a aluna Cristina Souza, do Curso Virtual de Desenho Realista Charles Laveso, como exemplo.
O desenho abaixo é um dos primeiros exercícios de retrato feito pela aluna através de um desafio entre os alunos no Curso. Aqui, depois de ter passado todas as etapas de um retrato, finalizamos com um retrato completo. Esse foi realizado sem video aula dessa imagem, apenas baseando-se no que já havia aprendido.
Comparando referência com desenho
A primeira imagem é a referência original. A segunda imagem é a primeira postagem. E a terceira é a última postagem depois de algumas sugestões no grupo de estudos.
- Porém, como é possível saber que a aluna não obteve sucesso na primeira postagem?
- Ao ver o primeiro desenho, qual nível você sugere que ela esteja?
Como orientação, ensinamos o aluno a comparar. Mostram-se pontos chaves da imagem ao ponto que o aluno compare e veja se realmente está próximo a referência. Com a prova, o entendimento é facilitado e a correção tem sucesso.
Como na imagem abaixo, pegamos uma região com diferença de contraste e colocamos lado a lado para comparar. Temos um ponto de brilho no queixo. Observe que o desenho tem um nível de intensidade igual. Não há pontos de intensidade.
O mesmo tom que vemos no queixo, também há no pescoço, no qual seria mais escuro que ele. Isso é um modo que comparar e saber se você está chegando perto da referência.
É começando a olhar assim para o desenho que é possível identificar o seu nível de trabalho.
Aqui, a Cristina ainda é uma iniciante.
Porém, apesar de ser iniciante, há uma sequência de exercícios e correções a seguir. Dando progressão ao trabalho.
Ao final do curso, temos uma evolução significativa, tanto na primeira postagem para correção quanto na última:
Abaixo, aproximando o original e a última correção, lado a lado para comparação:
Diante disso, há como saber o seu nível de aprendizado. Muitos lêem a palavra Iniciantes e se sentem distantes dessa etapa. Às vezes até mesmo ofendidos por acharem que já sabem desenhar. Porém, aprender nunca é demais.
Seja realista
Se pararmos para ser mais críticos, vamos ver que nunca deixaremos de aprender. Precisamos apenas nos colocar em nossa real situação e aceitar ajuda, pois nada na vida se consegue sozinho. Ser autodidata é algo bacana, mas buscar ajuda de profissionais não desmerece ninguém.
Se a Cristina tivesse pensado que ela estava em um nível avançado, deixado de lado os princípios básicos e pensando somente em texturas de pele, hoje ela poderia talvez não fazer parte da nossa equipe de professores, trabalhando com o que ama.
Tendo uma renda através do desenho e se tornado, hoje sim, uma profissional na área, em constante processo de aprendizagem.