Curiosidades sobre o lápis grafite

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Entre todos os instrumentos de escrita e materiais para desenho, o lápis é o mais universal, versátil e econômico. É um produto de alta durabilidade que não requer muitos cuidados, não é afetado por variações climáticas e escreve até debaixo d’água ou no espaço.

Em 1565 foi localizado na Inglaterra o primeiro lápis do mundo, feito por duas partes de madeira com grafite no meio, como um “sanduíche”. Nos séculos seguintes foi se disseminando por sua alta versatilidade e praticidade.

Atualmente, o lápis grafite tem sua mina constituída de grafite e argila. E isso possibilita uma variada gama de dureza e intensidade de tom, dependendo da concentração de cada um desses elementos,

Então se você quer aprender a desenhar, leia esse texto até o fim para saber mais sobre o lápis.

Conteúdo

A grafite

A grafite é um mineral formada por camadas de átomos de carbono. É um sólido escuro e pouco resistente constituído pela união de uma enorme quantidade de átomos de carbono apresentando geometria molecular trigonal plana em sua estrutura atômica.

O diamante, por exemplo, é constituído também de átomos de carbono mas ligados de forma tetraédrica, o que dá sua aparência transparente e dureza única.

O lápis grafite usado no desenho

Existem no mercado diversas marcas de lápis grafite, como saber se um lápis é ou não de boa qualidade?

Dois fatores precisam ser levados em conta: a madeira utilizada no corpo do lápis e a mina, que é composta por grafite e argila.

Quanto à madeira, essa deve ser de boa qualidade, apresentando superfície lisa e fácil de apontar.

Quanto à mina, (mais importante), essa, que é composta de grafite e argila, deve apresentar um traço suave e contínuo. Uma mina de boa qualidade desliza suavemente pelo papel e não apresenta falhas ou uniformidade no traço ou sombreado.

Dependendo da qualidade do lápis e da argila utilizada, este apresenta alguns resíduos que causam um traço pouco suave, como se possuísse areia em sua composição. Esse tipo de mina não é indicado para o desenho.

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Escala de Graduação

A grafite pura como mineral apresenta-se como um material macio e bem escuro, porém, por se desmanchar facilmente não pode ser usada sozinha na composição da mina do lápis, por isso usa-se uma espécie de argila junto com a grafite, o que proporciona maior rigidez e, dependendo de sua concentração, faz o lápis ficar mais escuro ou claro, mais duro ou macio.

Há uma escala de graduação formadas pelas letras H e B para distinguir essas variações.

H=Hard (duro), B=Black (negro). Quanto maior o número acompanhado de B mais macio e escuro torna-se o lápis e quanto maior o número que acompanha o H mais claro e rígido torna-se o lápis.

No desenho realista usamos variadas graduações de lápis grafite, desde o 2H até o 6B, dependendo dos tons trabalhados. Temos um módulo específico sobre materiais no curso virtual de desenhos realistas.

Papel para desenho

Uma observação deve ser levada em conta, que é a questão da porosidade dos papeis.

Nos mais texturizados, usamos preferencialmente lápis mais duros como 2H, H, e HB, pois proporcionam um sombreado menos poroso. Já que sua rigidez é maior, mantém a ponta fina por mais tempo. Assim, penetra melhor nos poros do papel. E roporciona um sombreado mais suave, menos poroso.

Os papéis lisos, por outro lado, proporcionam um sombreado mais suave. Mas a grafite adere-se com mais dificuldade à superfície. Pede lápis mais escuros e macios. Por isso, nesses papéis, usamos lápis de graduações mais escuras e macias (B, 2B, 4B e 6B).

A técnica aplicada ao desenho consiste em duas coisas.

  1. Conhecer os materiais, suas limitações e saber usá-los. Juntamente com o controle e suavidade da mão, que é a habilidade motora.
  2. Desenvolver a percepção através de treino, atenção e foco.

Esses dois requisitos trabalhando juntos proporcionam a habilidade para desenhar em suas mais variadas técnicas.

 

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