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Última atualização: 18 de janeiro de 2017.
Vemos com muita frequência o termo desenho realista. Afinal, do que se trata? De onde veio esse termo?
Normalmente se associa a um desenho à lápis que retrata com bastante fidelidade um objeto ou uma pessoa.
Tanto no desenho à lápis, quanto na tatuagem, esse é um entendimento comum. Uma arte que reproduz o mais fielmente possível a imagem real.
Mas o conceito de Realismo é mais abrangente. Para entendermos mais, precisamos voltar um pouco no tempo.
Confira mais:
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Realismo: o que é e quando surgiu?
Não é recente o tipo de arte que representa com fidelidade algum objeto ou pessoa.
Na Grécia Antiga, vemos imagens que representavam o humano com muita exatidão. Expressões, anatomia, etc. Imagens que até hoje espantam pelo realismo que apresentam.
No campo da arte em geral, esteticamente falando, o realismo nada mais é que uma imitação fiel da natureza.
Como movimento artístico
O Realismo surgiu na França em 1855, em uma época de pós revolução industrial e de grande transformação social.
Havia muita miséria e desigualdade eclodindo na Revolução Francesa, onde o povo ganhou voz, direito ao voto universal e ao trabalho.
Nesse cenário surgiram os primeiros artistas que começaram a retratar a realidade social, em oposição ao Romantismo (com sua forma de idealizar as coisas).
Destaca-se o pintor francês Gustave Coubert, que foi o primeiro a usar esse termo. Ao apresentar sua arte à uma exposição, teve seus trabalhos impedidos de serem expostos, acusados de serem ofensivos.
Acontece que Coubert expressou em seus quadros a realidade nua e crua da sociedade. Sem os enfeites e idealizações do Romantismo.
Diante da recusa, o pintor organizou sua própria exposição e a chamou de “Le Réalisme” (“O Realismo”).
Foi então que outros artistas seguiram o mesmo conceito, com o foco em críticas sociais. Seguido também pela literatura e pelo teatro.
Se compararmos estilo e técnica, vemos muitas semelhanças em diversos tipos de arte. O que difere no realismo é o tema.


O Hiper-realismo
Aqui, chegamos mais próximo à nossa realidade do desenho realista a lápis.
Ao menos é nossa inspiração. Ou seja, nós, desenhistas, desejamos alcançar a técnica hiper-realista.
O desenho realista, como o conhecemos hoje, teve suas bases no conceito do fotorrealismo. Uma escola de pintura que retrata com bastante fidelidade imagens obtidas por uma câmera fotográfica.
Houve muita crítica e controvérsia a respeito desse gênero, pois seus detratores viam a reprodução como uma anulação da personalidade do artista. Como uma limitação da sua criatividade, já que apenas retratavam a imagem de referência, sem nenhuma outra intenção inerente.
O hiper-realismo, por sua vez, mesmo tendo sua base no fotorrealismo, vai além e leva a realidade ao extremo. E mais, enquanto a pintura fotorrealista apresenta imagens limpas de carga social, política ou emocional, os hiper-realistas acentuam esses aspectos. Dão ênfase a eles e tornando a pintura ou desenho mais sensitivo.
O hiper-realismo busca com tanto afinco simular a realidade, que realmente trazem a sensação de realidade ao observador, indo até mais além que a própria fotografia de referência.



No desenho realista a lápis, quanto mais se aprimora na técnica e percepção, mais se aproxima do hiper-realismo, alcançando uma impressionante ilusão de realidade.
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