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Fazer desenhos a lápis é uma das técnicas de desenho que mais impressionam as pessoas. Afinal, utilizando somente a escala de cinza, o desenhista é capaz de criar objetos e expressões faciais idênticas à realidade. Certamente, o grande diferencial da sua beleza é a simplicidade.
Não são necessários complexos programas de computador, nem materiais caros para fazer um arte realista desse tipo. Então, ao final do seu trabalho, você verá as pessoas com aquela expressão: “Nossa, esse desenhista é f*da, fez tanta coisa com tão pouco!”
Por isso, preparamos este post para você entender quais são as técnicas responsáveis por criar desenhos realistas. Confira:
Técnicas de iluminação: o alicerce do desenho a lápis
Basicamente, há cinco tipos de iluminação:
1. Sombra projetada
Ela é a sombra que os objetos desenhados lançam sobre as superfícies ao seu redor.
Frequentemente, é a parte mais escura do seu desenho (a não ser quando há um objeto originalmente preto), porque é onde a luz estará quase toda bloqueada. Por isso, ela deve ser desenhada o mais perto possível do preto.
À medida que se afasta do objeto que a emana, ela deverá ir ficando sutilmente mais clara. Por isso, geralmente, ela é o ponto de referência (nº 1) inicial das escala de valores dos desenhos grafite, sendo o seu oposto o branco, que representa a completa iluminação.
2. Borda sombreada
É o segundo tom da escala, representando o cinza mais escuro possível.
Ela surge para mostrar que determinada região de um objeto é uma superfície arredondada ou uma aresta.
Portanto, você encontrará esse efeito quando um objeto se projeta e a superfície recua para um outro lado.
3. Meio-tom
Essa representa a cor original do objeto quando não está sendo afetado nem pelo excesso nem pela falta de iluminação.
Assim, é o tom intermediário e representa o número 3 da escala de valores.
4. Luz Refletida
É a luz que salta de uma outra superfície e incide sobre os objetos. Por ser tão sútil e exigir detalhismo, é o elemento mais frequentemente deixado de lado em um desenho.
No entanto, isso prejudica bastante o realismo do desenho, pois esse é um dos principais elementos que “iludem o cérebro” a ver uma superfície 2D em 3D.
Por isso, para impressionar seu cliente, não deixe de estudar sua referência para a luz refletida. Ela geralmente está presente nas bordas de um objeto.
Por exemplo, no caso de desenhos faciais, está na região de proeminência da bochecha. Na escala de cinza, corresponde ao número 4.
5. Luz Completa
Por fim, há a luz completa e é representada pelo branco do papel, que é o nº 5 da escala.
Corresponde às regiões em que a luz se origina ou, então, em que incide diretamente com mais intensidade.
Quais os tipos de técnica de sombreamento?
Além das técnicas de iluminação, você deverá ter controle sobre os tipos de sombreamento:
- Chapado: não há meio tom, é uma superfície uniformemente negra ou cinza;
- Esbatido: há uma transição gradual de pressão ou da tonalidade do lápis – é o famoso degradê;
- Esfumado: é o efeito de fumaça, que é obtido usando o esfuminho ou esfregando algodão, papel ou até o dedo no grafite;
- Pontilhado: é uma ferramenta de transição na intensidade em que o desenhista faz diversos pontos concentrados,
- Hachuras: são os riscos de linhas próximas ou afastadas.
O desenho realista basicamente parte dessas técnicas para conseguir recriar as nuances do jogo de luz e sombra, arestas e curvas, que compõe os objetos no mundo real.
Quais são as ferramentas necessárias para criar os efeitos dos desenhos a lápis?
Lápis e lapiseira
Obviamente, eles são os principais instrumentos.
As lapiseiras são excelentes para produzir linhas finas e detalhes, estando disponíveis em espessuras desde 0.3mm até 20mm e em diversas escalas, como 2B, 4B e 6B.
Por isso, a maioria dos desenhistas não abrem mão delas.
Porém, é preciso contar com lápis tradicionais bem apontados ou arredondados para criar efeitos de sombra mais complexos.
Papel ou cartão de Bristol liso (duas camadas ou mais pesado)
É extremamente recomendável a utilização de papel com gramatura acima de 140g/m².
Deve-se também optar pelo lado mais liso, pois torna mais fácil a aplicação dos efeitos de luz e sombra, além da textura.
Borrachas limpa-tipos
Elas são as ideais para o desenho técnico, pois são muito precisas e eficazes, permitindo uma correção adequada da luz ou da sombra de um desenho, sem prejudicar a superfície do papel.
Fixador verniz em spray
O verniz será usado para selar a superfície do seu trabalho, evitando que ele fique manchado quando algum o manipular.
Prancheta de desenho
Ao contrário das pinturas que demanda um tripé fixo, os desenhos a lápis exigem que incline o desenho em várias posições para aumentar o nível de detalhamento. Por isso o use de pranchetas.
Isso evita que você faça movimentos de mão pouco anatômicos que distorcem o desenho.
Réguas
Elas vão ajudar você a medir a escala do desenho, além de serem essenciais para fazer arestas e retas.
Portanto, você deve ter percebido que, além de talento, é necessário o domínio técnico das nuances do desenho a lápis.
Será isso que separará você de um amador, cujos trabalhos não conseguem transmitir adequadamente o senso de profundidade 3D necessárias para o realismo.
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