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Você, que é amante de artes, provavelmente já ouviu falar em cubismo. Em suma, trata-se de uma frente artística da Europa que defendeu o uso de formas geométricas. Assim, o movimento influenciou os mais diferentes tipos de manifestação artística, inclusive no desenho.
Interessante, não é? Afinal, com a chegada deste movimento artístico, a procura pela perfeição da forma foi desfeita. Assim, o estilo estético revolucionou a maneira como os artistas se expressavam e fugiu do conceito renascentista, que buscava pela perfeição.
Conheça mais sobre o cubismo e descubra as características de mais esse movimento artístico! Continue a leitura!
História do cubismo
O cubismo começou em 1907 e tem como marco inicial uma tela de Pablo Picasso, chamada de Les Demoiselles d’Avignon (As damas d’Avignon). Ao lado do pintor, o escultor francês Georges Braque também a considerado fundador do movimento.
Resumidamente, como principal característica da época, a arte do cubismo retrata a natureza com o uso de formas geométricas. Além disso, tem um predomínio de linhas retas e é considerado um dos principais movimentos de vanguarda. Dessa forma, as obras são modeladas principalmente por cilindros e cubos. Assim, a natureza passa a ser representada de forma simples, o que leva a uma abstração sobre os atributos estéticos.
O movimento também não aceita que a natureza seja imitada e tende a uma pintura escultórica. Além disso, renuncia o uso das perspectivas tridimensionais e foca, principalmente, em cores fechadas como:
- branco;
- preto;
- cinza;
- marrom;
- ocre.
O movimento pode ser dividido em três fases:
- Fase Cezannista ou Cezaniana (1907 a 1909): quando aconteceram as primeiras e experiências;
- Fase Analítica ou Hermética (1909 a 1912): uso das cores tendendo para marrom, preto, cinza e ocre;
- Fase do Cubismo Sintético (1911): busca por tornar as figuras reconhecíveis novamente e uso de cores forte. Introdução da técnica de colagem.
Dentre os pintores, os que mais se destacaram foram:
- Pablo Picasso (1881-1973)
- Georges Braque (1882-1963)
- Juan Gris (1887-1927)
- Fernand Léger (1881-1955)
- Diego Rivera (1886-1957)
Já na escultura nomes como Raymond Duchamp-Villon (1873-1918) e Constantin Brancusi (1876-1957) foram os mais importantes.
Cubismo no Brasil
A famosa Semana de Arte Moderna, no ano de 1922, abriu portas. Posteriormente, o cubismo ganhou força no país e influenciou algumas obras. Uma das pessoas que adotou algumas técnicas cubistas em sua arte foi Tarsila do Amaral.
Além disso, artistas como Anita Malfatti, Rego Monteiro e Di Cavalcanti também tiveram influências. A literatura cubista, que tem como característica a “destruição da sintaxe”, também chegou ao Brasil. Nomes como Oswald de Andrade, Raul Boop e Érico Veríssimo fizeram parte dessa tendência.
Desenho realista x cubismo
O realismo foi um movimento artístico que começou no final do século XIX na Europa. Nele, a arte tem como principal característica transferir para o papel ou para a tela exatamente o que vê.
Em resumo, no realismo há uma busca pela perfeição de traços, de forma que o resultado fique o mais semelhante possível ao real. Além disso, não há um toque pessoal do artista. Quem trabalha com desenhos realistas procura expressar em sua arte o que vê, da forma mais fiel que conseguir. Para isso, precisa ficar atento a detalhes de formas e expressões. Dentre as características desse período e da sua arte estão:
- oposição aos ideais românticos;
- retrato igual ao que viu;
- objetivismo;
- materialismo;
- temas urbanos, sociais e cotidianos;
- preocupação com o presente e com detalhes.
Do outro lado, o cubismo acredita que imitar o que está vendo não é o mais adequado. Afinal, a ideia é fazer uma escultura do que viu e, para isso, usar formas geométricas. Contudo, não há nenhum compromisso com o que o artista visualizou.
Essa característica vale tanto para o desenho de uma pessoa quanto para o de itens de cozinha, por exemplo. A geometrização é sempre usada.
Gostou? Conheça também a técnica abstrata e descubra como ela pode ser usada em seu desenho.