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Como desenhar: passo a passo é um guia que preparamos para você entender todas as técnicas que você pode esperar em um curso de desenho.
Em posts anteriores, focamos nas técnicas mais importantes do desenho realista de retratos, como o sombreamento e a iluminação.
Agora, vamos falar de estratégias mais gerais e incluiremos um aspecto essencial: as percepções – ou perspectivas – de um desenho.
São elas que garantem um senso de tridimensionalidade mais fiel à realidade. Aprendê-las permite que um desenhista tenha um amplo leque de ferramentas à sua disposição em vez de contar somente com a intuição, que frequentemente erra.
Portanto, se você quer aprender mais sobre elas, este post é para você!
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Como desenhar: passo a passo
Passo 1: Compreender as diferentes percepções de um desenho
A Percepção de arestas
As arestas são as linhas que separam duas superfícies de um desenho.
Você deve diferenciá-las entre suaves, afiadas e grossseiras para criar um efeito 3D em seus desenhos.
A Percepção dos espaços
Nos cursos avançados, você aprende a utilizar o chamado “espaço negativo“, ou seja, aquelas regiões em que você não desenha. Eles são essenciais para o realismo e são tão essenciais como os objetos – que representam o “espaço positivo”.
A Percepção de Relacionamentos
Outro aspecto essencial do realismo é o controle do relacionamentos entre os objetos.
Assim, você desenha em uma escala menor os elementos mais profundos e destaca os mais próximos.
Por isso, esse será o tema principal do passo 3.
A Percepção da Luz e da Sombra
As imagens do mundo real são produzidas em um jogo de luz e sombra.
Portanto, para desenhos realistas, você precisa controlar perfeitamente o jogo de luz dos objetos. Essa parte é tão importante que é explorada melhor nos tópicos 4 e 5.
Passo 2: captar a percepção do Todo
As quatro habilidades anteriores são importantíssimas, mas não devem ser utilizada separadamente.
Você precisa sempre manter uma visão do todo, isto é, da imagem geral e completa na sua mente.
Caso contrário, você desenha elementos individuais perfeitos, mas que não combinam entre si para formar um todo harmonioso.
Passo 3: dominar as técnicas de profundidade linear
A profundidade visual de um desenho é obtida por meio de duas técnicas de perspectiva: a linear e a atmosférica. Além do uso das técnicas de sombreamento que explicamos em posts anteriores.
Com perspectiva linear, conseguimos dar a impressão de tridimensionalidade com o uso de linhas, tamanhos e posicionamento de objetos.
Essas diferentes composições variam em termos de complexidade e é necessário um curso completo para aprendê-las.
No entanto, vamos explicar os conceitos mais básicos aqui no post:
Horizonte
É aquela linha na qual há o encontro do céu com o solo ou com o mar, dependendo da paisagem desenhada. A altura do horizonte é um importante referencial para os pontos de fuga, além de guiar os olhos do público na leitura da imagem.
Pontos de fuga
São os lugares nos quais as linhas paralelas do desenho dão a impressão de se encontrar.
Portanto, eles representam um ponto de estreitamento de várias retas imaginárias projetadas no horizonte.
Por isso, uma cena pode vários pontos de fuga, que devem ser controlados para dar uma impressão mais realista ao desenho.
Plano de solo
É toda aquela superfície horizontal desenhada abaixo da linha do horizonte.
Apesar do nome, não necessariamente indica um plano de terra em uma paisagem, pode ser também o chão no desenho de um quarto, parte do fundo da imagem de um retrato etc.
É esse plano que controla a sensação de inclinação de uma imagem.
Linhas ortogonais
São as linhas que estão voltadas para um ponto de fuga. Há várias delas em um desenho e os ângulos formado pelas relações entre elas são responsáveis por dar mais realismo aos desenhos.
Ponto de vista
É um ponto imaginário que representa a perspectiva do artista em relação ao que ele está desenhando.
Por exemplo, durante o desenho de um rosto, o ponto de vista indica o foco do olho do artista: se está na ponta do nariz, no pico da bochecha esquerda, se ele está atrás da pessoa em perfil etc.
Perspectiva de um ponto
Quando há apenas um ponto de fuga em um desenho, ele é chamado de uma perspectiva de um ponto. Ele geralmente aparece no centro da imagem.
É o mais utilizado quando estamos compondo retratos sem uma paisagem importante atrás.
Perspectiva de dois pontos
Intuitivamente, você deve perceber que se trata de um desenho com dois pontos de fuga.
Neste caso, normalmente, eles estão localizados nas extremidades esquerda e direita do desenho.
Perspectiva Multi-ponto
É toda a perspectiva composta por mais de dois pontos de fuga.
São desenhos mais complexos e, portanto, a técnica é utilizada principalmente em composição de paisagens com vários focos, como aquelas que há o encontro de um cenário urbano com um cenário rural e, ainda, uma terceira cena ao fundo.
Então, quando há o foco em um retrato, mas, no plano de fundo, há duas cenas distintas se desenvolvendo.
Passo 4: dominar as técnicas de perspectiva Atmosférica
Já a perspectiva atmosférica busca transmitir a ideia de profundidade por meio das variações de valores (luzes e sombras) dos objetos.
Aqueles elementos em primeiro plano ganham contrastes de maior valor, com tonalidades de cinza mais intensos e uma maior nitidez. Com a distância, os valores da escala de cinza ficam cada vez mais neutros.
Portanto, eles são obtidos com as técnicas de iluminação e sombreamento, que vamos resumir a seguir:
- Sombra projetada: é o primeiro tom da escala de cinza e representa a sombra que os objetos desenhados lançam sobre as superfícies ao seu redor.
- Borda sombreada: é o segundo tom da escala, representando o cinza mais escuro possível. Ela surge para mostrar que determinada região de um objeto é uma superfície arredondada ou uma aresta.
- Meio-tom: Essa representa a cor original do objeto quando não está sendo afetado nem pelo excesso nem pela falta de iluminação. É o número 3 da escala de valores
- Luz Refletida: É a luz que salta de uma outra superfície e incide sobre os objetos. É o valor 4 da escala.
- Luz completa: é representada pelo branco do papel, que é o nº 5 da escala, e corresponde às regiões em que a luz se origina.
Passo 5: saber utilizar as técnicas avançadas de sombreamento
Apesar de avançadas, elas são bem simples:
- Chapado: não há meio tom, é uma superfície uniformemente negra ou cinza;
- Esbatido: há uma transição gradual de pressão ou da tonalidade do lápis – é o famoso degradê;
- Esfumado: é o efeito de fumaça, que é obtido esfregando algodão, papel ou, mesmo, o dedo no grafite;
- Pontilhado: é uma ferramenta de transição na intensidade em que o desenhista faz diversos pontos concentrados,
- Hachuras: são os riscos de linhas próximas ou afastadas.
Como você deve ter percebido, são muitas as técnicas dentro de um guia de “como desenhar: passo a passo”.
Para explicar cada uma delas detalhadamente, provavelmente precisaríamos de um post de mais de 100.000 palavras!
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