O desafio de desenhar: curiosidade e paixão

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Para começar, é preciso ser realista. A psicóloga diz que é impossível obrigar-se a se interessar por algo que você não se interessa, mas ao ativamente buscar e aprofundar seus interesses, é possível criar garra para se aprimorar naqueles assuntos.

Essa garra, assim como um sentimento de esperança ou resiliência, vai mantê-lo no caminho mesmo quando surgirem inevitáveis contratempos.

(Angela Lee)

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O que é Growth Mindset

Growth Mindset é um termo usado pela psicóloga e professora da universidade de Stanford, Carol Dweck. Em tradução livre, “Mentalidade de crescimento” nada mais é que o entendimento de que as qualidades e habilidades pessoais podem mudar.

Por muito tempo a crença de que habilidades são inatas e que não se podia fazer muita coisa para mudar isso foi um entendimento comum e limitante. Ou seja, o fato de alguém ter um alto nível em alguma atividade só podia estar ligado aos genes, coisas que não se tem controle.
Porém, com o avanço no entendimento sobre psicologia e neurologia, sabe-se hoje que o cérebro é muito mais adaptável do que se imaginava ─ e as habilidades podem ser trabalhadas. Não só elas, mas o comportamento e funcionamento do cérebro podem mudar quando se tem conhecimento sobre como ele funciona e quais “alavancas” se deve mexer para alcançar os resultados desejados.

O interesse sobre o desenhar

Se você se interessa por desenho e gosta de desenhar, mesmo que não se considere bom nisso, provavelmente tem o “dom” para o desenho. Tal dom nada mais é do que gostar e se interessar por algo. Nesse caso não estamos falando em níveis de habilidade, mas sim do simples gostar.

Nem todo mundo pilota como Lewis Hamilton, mas praticamente todas as pessoas podem aprender a dirigir de forma razoável. Sem entrar no mérito da questão, o que mais diferencia um piloto profissional dos motoristas comuns é a paixão que se tem pela atividade e o quanto se estudou e praticou, e isso serve para quase todas as coisas.

Como diz o trecho de Angela Lee citado no início do artigo, não é possível obrigar-se a se interessar por algo que não se interessa. Mas se há o interesse, tudo o mais se torna possível, seja aprender de forma razoável ou desenvolver-se com maestria alguma atividade, vai depender apenas da curiosidade e paixão que se tem e do quanto se dedica.

É estimulante saber que os interesses não são fixos, não se gosta de uma coisa ou outra apenas e com a mesma intensidade sempre. Com o desenvolvimento de novos aprendizados e estando bem consciente deles, pode-se expandir as áreas de interesse e também seus níveis. Dessa forma  você pode descobrir algo novo que te encante e te deixe ainda mais interessado por aquilo que já lhe atraía.

Como me interessei pelo desenho

Interesso-me por desenhos a lápis desde criança. Aos 5 anos de idade vi minha mãe desenhando uma cena típica que todos conhecem: aquela casinha com gramas e flores em volta, uma árvore e um céu com nuvens e o sol com raios amarelos.

Ao vê-la desenhar enquanto as formas apareciam e ganhavam vida, me senti fascinado, e a partir daí veio a vontade de aprender a desenhar também.

Particularmente eu não me via com facilidade para imaginar e criar algo de cabeça, então fui replicando aquele desenho e continuei fazendo o mesmo com imagens diferentes.

Foi assim por toda minha vida, até hoje, já que os desenhos que faço atualmente são com base em uma fotografia de referência. Ainda não me vejo imaginativo e criativo para criar algo de cabeça, mas a vontade de desenhar persiste. E o mais importante, a paixão pelo desenho ainda está presente, cada vez mais forte!

Aprender a desenhar: curiosidade, desafio e paixão
Desenho feito com técnica mista; lápis grafite e carvão sobre papel Lana Bristol, 30×40 cm.

Como começar a desenhar?

Se você chegou até aqui, provavelmente passou por algo parecido e o desenho sempre esteve presente em sua vida também ─ mesmo que sejam apenas alguns rabiscos de vez em quando, mas é algo que se tem prazer de fazer.

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Nesse caso, o que pode estar bloqueando seu progresso no desenvolvimento de aprender a desenhar é  simplesmente o fato de pensar que não conseguirá, que é preciso ter “dom”. Conclusões assim são pensamentos limitantes que nos acompanham na fase adulta. Se conseguirmos ver o desafio como uma criança vê, iremos pra cima dele, a dificuldade servirá de estímulo sem ofuscar a paixão e a vontade.

Por isso, quando se deparar com algo que lhe seja muito complexo e difícil de entender, não encare como um obstáculo insuperável, mas use a dificuldade como estímulo. Quebre o todo grandioso em partes menores e comece a assimilar uma de cada vez.

Entenda o desenhar

No caso do desenho, comece a entender os materiais ─ não a decorar uma lista deles, mas entender como funciona cada um deles e pra que serve. Comece a pesquisar, ver outros usando-os e, principalmente, use-os, isso é o mais importante.

Mas use-os com a atenção plena:

  • Preste atenção em como o lápis adere ao papel, se o grafite é macio ou duro, se é escuro ou claro, como o traço e a intensidade dele reage quando você aplica mais força ou menos.
  • Como você segura o lápis, tente segurá-lo mais em pé, ou mais deitado, deixe a mão mais solta, se permita errar, testar, é tudo um experimento!

Encarando dessa forma, cada etapa que ainda não domina se torna um desafio, e a cada dificuldade superada, aumenta o ânimo e a vontade de desenvolver e aprofundar cada vez mais.

E então, pronto para aprender a desenhar?

Mesmo sendo do seu interesse, aprender a desenhar pode ser extremamente frustrante e até desanimador por conta da complexidade da técnica e por falta de informações. Mas se você respirar fundo e prestar atenção em cada frase, procurando entender cada coisa, ao final você terá entendido o todo e tudo fará sentido.

O assunto te instiga e fascina quando você o entende de forma mais profunda e consciente, não como uma simples informação, mas com a atenção de uma criança, se maravilhando com cada descoberta.

Da mesma forma pode acontecer com o desenho, e você só saberá como é fazendo e se deixando levar, mergulhando na experiência do aprendizado. Desafie-se e verá que não existem barreiras além das que você mesmo criou!

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