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Uma das maiores dificuldades para qualquer profissional que começa a oferecer seus serviços é a precificação do seu trabalho. Não é diferente no caso do desenho realista. Você investiu tempo e dinheiro para aprender a desenhar, logo é natural que tenha um retorno adequado.
Entre vários aspectos, é preciso levar em consideração a realidade econômica da sua cidade, além da demanda e da concorrência.
Reunimos aqui 5 dicas que vão lhe mostrar como calcular o preço de venda. Confira!
1. Avalie a complexidade da tarefa
Ao aceitar uma encomenda, é comum que o cliente queira saber logo de início qual o valor médio que você costuma cobrar. Mas geralmente é arriscado responder de prontidão a esta pergunta. Afinal, vai precisar de tempo e materiais para desenhos.
Especialmente em retratos, avaliar a complexidade da imagem é muito importante. Afinal, você precisa considerar detalhes no rosto, cabelo, roupas, texturas, etc. Vários elementos podem tornar a figura muito mais trabalhosa.
Por isso, procure sempre ver o original antes de informar seu preço. Assim, evita se frustrar caso seja necessário um esforço maior do que o previsto inicialmente.
2. Valorize o seu tempo
Com a prática, você passa a organizar sua produção e se torna mais fácil estabelecer quanto tempo será necessário para cada tarefa.
Isso é imprescindível, especialmente se as encomendas de desenhos forem sua principal fonte de renda. Um bom planejamento exigirá algum esforço, mas sempre vale a pena.
Programe uma rotina com horários reservados a seu trabalho de desenhista, considerando também as demais atividades cotidianas.
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3. Agregue valor ao seu trabalho
Outro fator que influencia bastante o preço dos seus desenhos é a sua reputação no mercado. Existe muita diferença entre o valor cobrado por trabalhos expostos na rua e aqueles apresentados em galerias, shoppings, etc.
Além disso, é importante buscar canais de divulgação que elevem seu conceito no mercado. Talvez compense presentear personalidades, fazer participações em eventos filantrópicos, enfim, pense a estratégia que melhor se aplica a sua realidade.
4. Tenha autocrítica
Considere em sua estratégia de preços que ampliar demais a produção pode resultar em problemas como atraso e queda da qualidade.
Fazer trabalhos apressadamente para atender a sua necessidade econômica geralmente é muito prejudicial. Um cliente insatisfeito pode manchar o seu nome na praça.
É importante cobrar um valor acessível ao público com quem você se relaciona. Além disso, o preço deve ser compatível com o trabalho que você realmente é capaz de entregar.
5. Seja cauteloso com descontos
Os brasileiros gostam muito de negociar o preço em tudo que compram: a famosa “pechincha”. Todavia, é muito importante ponderar bem antes de oferecer descontos no preço acertado para seu trabalho.
- Evite deslocar o foco da conversa para a negociação, pois isso ofusca a percepção do valor subjetivo da obra;
- Se o desconto for inevitável, procure sempre justificar. Não deixe a impressão de que negociar valores seja algo corriqueiro para um artista;
- Nunca aceite reduzir muito o preço. Afinal, “quando a esmola é demais o santo desconfia”.
Quer saber mais sobre a precificação dos seus desenhos? Então confira abaixo o vídeo do professor Charles Laveso, criador do curso virtual de desenhos realistas:
Outras variáveis na precificação
Trabalhar com materiais de qualidade tem seu custo. E ele deve estar embutido no valor que você recebe pelo seu trabalho. Além de outras despesas com o espaço utilizado para trabalhar, molduras, etc.
Por último, uma valiosa dica extra: seja para quem for, sempre cobre um sinal antes de iniciar o desenho. Geralmente, o combinado é antecipar metade do valor. Assim você evita lidar um desagradável abandono do trabalho.
Acredite: muitos desenhistas tem arquivos cheios de retratos que os clientes nunca foram buscar (e também não pagaram por eles).
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