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Há uma grande variedade de marcas de materiais para desenhos realistas no mercado. Algumas mais fáceis de encontrar, outras importadas e vendidas por lojas especializadas.
O intuito deste artigo não é comparar marcas. Mas há um momento em que precisamos escolher com qual delas vamos trabalhar.
Para isso, iremos demonstrar na prática algumas características de lápis e papéis mais conhecidos nesse meio do desenho realista.
É preciso saber o porquê de certas escolhas.
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Foram escolhidas quatro marcas de lápis graduado, com mesma graduação (HB), na ordem da imagem: Faber Castel 9000, Koh-I-Noor 1900, Staedtler Mars Lumograph, Caran d’Ache Grafwood.
Feitos no papel Fabriano 4 Liscio, 220g/m2 e Canson C a Grain 180g/m2. Há várias marcas e tipos, mas essas são as mais comuns no realismo.
2 tipos de papeis
A respeito de materiais para desenhos realistas, vamos começar falando dos papéis. O importante não é somente a marca, mas o tipo de papel. Temos os lisos e texturizados.
Por que escolher um papel mais liso? Se normalmente é importado e tem um preço significativo, ao invés de escolher um papel nacional e mais acessível?
Para isso, na prática, utilizando os mesmos lápis nas duas folhas distintas, é possível verificar uma característica muito notória entre ambos: porosidade.
Papel liso
O papel liso, geralmente do tipo Bristol em outras marcas, não apresenta essa texturização. Por isso, acaba apresentando um acabamento final mais refinado, pois nele o grafite penetra com uma precisão melhor.
Papel texturizado
O papel do tipo C a grain, da marca Canson, é mais texturizado e por isso, mais poroso. O lápis apresenta uma certa resistência em penetrar no papel, pois há uma camada texturizada acima, tornando o acabamento final mais rústico.
Observação: há um Canson Bristol, porém ele apresenta uma característica muito rígida, quando o Fabriano 4 Liscio tem um acabamento mais sedoso, espalhando melhor o grafite.
4 marcas de lápis
Os lápis têm certa diferença entre si em relação à intensidade de tons e à maciez do grafite.
- A linha nacional da Faber Castel é um lápis de boa qualidade, porém, atinge tonalidades mais intensas com certa resistência. Seria preciso utilizar, posteriormente, uma graduação maior para reforçar esse escuro intenso.
- A marca Koh-I-Noor já é mais resistente. Mesmo em sua linha artística ela apresenta uma característica rígida, muito difícil de chegar a tons intensos. No papel mais poroso ela se torna mais adequada. Até sendo um pouco mais escura, pois a rigidez do grafite ajuda a achatar a textura do papel
- As marcas Staedtler Mars Lumograph e Caran d’Ache são umas das marcas mais caras no mercado, a segunda tendo o preço muito acima em relação a primeira. Porém, os resultados são muitos semelhantes. Todavia, a Staedtler Mars Lumograph chega a tons intensos com muita facilidade e com muita maciez.
- A Caran d’Ache chega a tons intensos também sem precisar usar graduações mais macias, porém, é um pouco mais rígida ao traçar.
Portanto, porque usar marcas tão caras se podemos usar materiais para desenhos realistas mais acessíveis?
Não é que seja necessário usar marcas caras e importadas, mas há características distintas que auxiliam no trabalho.
A Caran d’Ache, por exemplo, é um excelente lápis, mas não justifica pagar um preço muito alto tendo um resultado muito parecido há uma marca mais barata que ela. Como a Staedtler Mars Lumograph. Tanto também como o resultado da Faber Castel ser próximo ao da Staedtler.
O papel é a mesma coisa. É possível utilizar o papel mais barato, desde que trabalhe mais para driblar a porosidade. Um desenho realista é mais agradável aos olhos quando há um acabamento refinado.
Usando um papel mais liso, como o Fabriano 4L, esse trabalho é poupado, aproveitando resultados mais delicados.
Há como usar e aproveitar ambos, do mais barato ao mais caro.
Afinal, é possível obter bons resultados usando materiais mais simples e baratos? Para saber, confira aqui!