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Será que eu nasci com talento pra ser desenhista? Será que estou velho demais para aprender? Será que vão me apoiar? Onde eu posso chegar? O que eu preciso fazer?
A todo momento eu escuto essas mesmas perguntas. Eu mesmo já me perguntei coisas assim no começo.
Um grande mito que atrapalha a evolução de todo desenhista é pensar que só quem nasceu com algum dom especial é capaz de realizar bons trabalhos. Pelo contrário, quando você aprender a trabalhar com os 3 P’s você vai descobrir como a técnica se desenvolve por consequência.
Então fique atento a estas dicas para se tornar um grande nome do desenho realista à lápis!
1. Paciência
A arte do desenho requer o controle da ansiedade, para que a mente possa se conectar com o trabalho a ser realizado.
Muitos alunos do curso de desenhos realistas enfatizam que um dos principais benefícios da atividade é justamente desenvolver sua paciência.
2. Percepção
Ao observar com atenção cada mínimo detalhe, suas formas, seus tons, vai assim aprimorando-se também a percepção. Afinal, só conseguimos reproduzir aquilo que percebemos.
Uma pergunta recorrente: “Como é que se faz textura de pele?”
Nesse caso a questão da percepção e da paciência volta a imperar.
Primeiro; é importante saber ver. Ter paciência para observar, reparar nas formas, tentar entendê-las.
Veja no exemplo:
A questão principal aqui é esquecer que se trata de uma pele e observar os detalhes.
Repare a área ampliada, são manchas que definem as formas. Formas diagonais, curvadas, que se integram, umas ligadas às outras, tudo feito com manchas, nada de riscos ou traços secos.
Repare também que em cada pequena ruga tem mais sombra na parte de baixo e luz em cima, o que dá a impressão de volume. É o recorrente em qualquer desenho, tudo se resume em luz e sombra, a diferença aqui é apenas a escala diminuta. Quanto menor o detalhe mais paciência requer para interpretá-lo e reproduzi-lo.
Em questão da técnica, não sobra muita coisa pra se falar, apenas que se use um lápis bem claro como o 4H e pra facilitar, pra não deixar traços muito secos, usá-lo com a ponta meio gasta (arredondada).
Por fim, esse conceito se aplica a todo o desenho realista, observar como manchas, formas e tons, e tentar reproduzi-los.
3. Prática
No mais, o que resta é a prática, treinar muito, fazer, refazer, sombrear pequenos objetos para adquirir leveza na mão e controle do lápis. Dessa forma vai se desenvolvendo a técnica.
E lembre-se; tenha paciência em tudo, desde a observação da imagem de referência até a execução do trabalho.
Tenha paciência em cada detalhe, controle a ansiedade, pois essa é a inimiga maior no desenho realista.
Tenha paciência consigo também, afinal uma boa percepção e uma boa técnica não se desenvolvem do dia para a noite.
